4 de abr. de 2011

Camisinha não motivou mudança, diz igreja

O padre Lírio Girardi, coordenador do Instituto Missões Consolata no Brasil, negou que a Igreja Católica tenha afastado o padre italiano Valeriano Paitoni porque o sacerdote defende publicamente o uso da camisinha. A transferência para a Itália, diz Girardi, faz parte do trabalho de quem é um missionário.

Paitoni trabalha há 33 anos na paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim, na zona norte da capital, e, desde 2000, defende o uso do preservativo para a prevenção da Aids - opondo-se às orientações do Vaticano. Na reportagem publicada ontem pelo Agora, os fiéis apontam que este seria o motivo da mudança. "Eu acho que tudo isso é intolerância da igreja diante da postura do padre", diz a babá Gláucia Michelle, 19 anos, que mora em um dos abrigos dirigidos pelo religioso.
Mas o Instituto Missões discorda dos fiéis. "A decisão não tem relação com a questão da camisinha. Isso faz parte da vida de quem é missionário", afirma Girardi. "A transferência foi decidida pela direção geral, que está em Roma, e vem sendo dialogada com o padre Paitoni desde maio de 2009. Ele, inclusive, concordou com a mudança", disse o coordenador do Instituto Missões. 

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