CONHEÇA A JESUS E FIQUE MAIS POBRE!

Não estranhem minha afirmação, porque embora os pastores e teólogos da prosperidade e vida fácil possam amaldiçoar minha declaração (e mesmo correndo o risco de ser antipatizado pelas Igrejas vitimadas pela praga da teologia da ambição), é necessário que continue anunciando o Evangelho como ele é.
A Escritura nos diz que no inicio de seu ministério, Jesus encontrou seus primeiros discípulos em dois grupos – eram os donos duma espécie de empresa de pescas – e chamando-os de forma eficaz, teve a seguinte resposta do primeiro grupo: “Então eles deixaram imediatamente as redes, e o seguiram” (Mateus capítulo 4 verso 20).
O segundo grupo deu idêntica resposta: “Então eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram”. (Mateus capítulo 4 verso 22)


Foram seguir a Jesus e ficaram mais pobres!

Um dos personagens mais conhecidos de todos os que lêem a Bíblia, é Zaqueu: as informações que temos acerca dele é que era um “maioral dentre os publicanos e rico”!
Ele também teve um chamado especial, eficaz e o texto bíblico diz, que ao receber Jesus em sua casa, consciente de que estava sendo confrontado com valores sobremodo excelentes, declarou com arrependimento e determinação: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” (Lucas capítulo 19, verso 8).

Zaqueu conheceu a Jesus e ficou mais pobre!

Temos outro personagem especial na Bíblia, chamado de Barnabé.
Ele foi uma mão amiga quando o apóstolo Paulo (rechaçado pelos demais cristãos) necessitou dar seus primeiros passos na fé cristã.
Sabem o que nos diz a história?
“Como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (Atos capítulo 4, verso 37).
A Escritura não nos relata o que supostamente poderia ter ganhado caso fizesse “negociação” com Deus (à moda dos ensinos pregados atualmente), mas tão somente o que “perdeu” em termos materiais quando creu.

Barnabé conheceu a Jesus e ficou mais pobre!

Mas os líderes daquela Igreja Cristã Primitiva não tinham um padrão diferente daquele vivido pelo povo.
Pedro e João subiam ao templo para orar, e um indigente, paralítico assentado à porta estendeu a mão para pedir uma esmola – e pasmem – ouviu a seguinte resposta: “Olha para nós (ou, veja nossas roupas, nosso estilo de vida). Não possuo nem prata, nem ouro” (Atos dos Apóstolos capítulo 3 versos 4 a 6).

Conheceram a Jesus, se tornaram apóstolos (largaram barcos e redes) e ficaram mais pobres! Apóstolo pobre?

O maior propagador da doutrina cristã – o apóstolo Paulo – parece que não fugiu à regra...
Mas até você Paulo? Conheceu a Jesus e ficou pobre?

“Sim, deveras considero tudo como perda por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as coisas, e as considero como lixo para ganhar a Cristo” (Filipenses capítulo 3, verso 8).

Mas então que conselho daria aos que hoje em dia são presas desses líderes inescrupulosos que lhes estimulam a ficar ricos?

“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e ciladas, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (I Timóteo capítulo 6 verso 9).


Logo, nada contra quem pode honestamente alcançar riquezas e ter uma boa vida.
Mas nenhuma Igreja séria terá isso como prioridade, nem estimulará seus discípulos a que persigam o ideal das riquezas e o aumento de posses materiais.
Riquezas de outra ordem deve ser o objetivo daqueles que vivem em função de outro Reino.
A bênção de viver possuindo bens aqui na terra deve ser contingencial, conseqüência de desígnios superiores e de outras leis que regem a esfera das conquistas materiais, e que não têm necessariamente, relação alguma com ser cristão ou ser ateu!